Sobre
O Escuta o Cheiro acontece em duas edições mensais: no primeiro domingo do mês o Forró Pé de Serra toma conta da nossa tarde e no terceiro domingo do mês o Samba ganha espaço no nosso quintal. Sempre das 12:00 às 18:00. A música rola direto, à partir das 14:00 e as comidinhas são servidas até as 16:00. Recomendamos chegar cedo, para que consiga um lugar bom.
A entrada custa R$20,00 e as comidinhas e bebidas são pagas a parte – sempre no esquema de comanda, pagando tudo no final.
Quem Faz
Marcio Belardini e Mari Vasconcelos. Esses são os responsáveis por fazer a festa no terreiro. Vocês não imaginam os corres que eles fazem para deixar tudo nos trinques para receber vocês.
Porque esse nome?
” O Projeto Escuta o Cheiro já deixou de ser “projeto” há muito tempo. Aliás, só foi “projeto” por uns cinco minutos entre alguém dizer “Vamos fazer?!” e a hora que cada um correu para um lado para buscar bumbo, feijão, toucinho, tomates, cuíca, cavaco, cachaça, cadeiras, mesas, alho, cerveja, Clara Nunes, Cartola, açúcar, paio, amendoim, saladas e voltaram com tudo isso e mais alguns amigos e um monte de alegria.
E a coisa vem crescendo todo mês, o que encheria o seu Jardel de orgulho.
Jardel de Almeida era meu avô. Era um cara que gostava das coisas boas da vida. É dele que vem o meu gene mais do que dominante da boemia. Adorava música boa, adorava ter a grande família por perto (teve sete filhas!) e adorava cozinhar. Sentava numa cadeira na beira do fogão, misturava tudo o que tinha na geladeira, fumava como um fiadaputa e quando você passava por perto, ele convidava, cheio de elegância: ô difunto, vem cá, escuta esse cheiro!
Se fosse uma mulher (ou até mesmo uma das filhas), era “ô, viada, vem cá!”.
Seu Jardel só cozinhava, não servia, mas garantia que o serviço de bordo era de primeira, no ponto, bem apimentado e farto. E só há um critério de qualidade suficiente para a gastronomia jardeliana: a comida quando boa de verdade tinha que estar de cagar pelado.
É, meu avô não era muito fino. Mas era para lá de divertido.”
Por: Felipe Tazzo, escritor, frequentador assíduo e, logicamente, neto do Jardel